A FAVELA SEM O PODER PÚBLICO
Assistindo um jornal local no Distrito Federal, onde no qual o Repórter falava do
Setor Santa Luzia que fica ao fundo da Cidade Estrutural no Distrito
Federal/Brasil.
Na reportagem,
percebi que o governo do Distrito Federal mentia muito, quando dizia através da
Secretaria de Estado da Educação, que os ônibus escolares fazem o transporte dos alunos
do Setor Santa Luzia.
A verdade é que os alunos são transportados não por dentro do Setor Santa Luzia. isto, porque é inviável à circulação de qualquer que seja o veículo de grande porte.
Não é possível ver ônibus escolares circulando. Até porque não tem condição alguma de os ônibus trafegarem por dentro do Setor Santa
Luzia. Basta saber que, as ruas não são regulares e ao mesmo tempo não comportam veículos grandes, já que as ruas são totalmente estreitas também,
além de serem esburacadas em épocas de chuvas e muita terra e lixo quando está
no tempo seco.
Nessa história
de ônibus estarem circulando dentro do Setor Santa Luzia é mais pura mentira. O
que acontece é que, a circulação que a reportagem se refere, ela é feita apenas pelo Anel Viário. Onde justamente passam os caminhões que transportam o lixo das
Regiões Administrativas para o Lixão da Cidade Estrutural. Um ato de muita
irresponsabilidade por parte da administração local, que não toma nenhuma
providência para impedir o tráfego dos caminhões naquela localidade, onde a circulação de pedestre é muito intensa.
Se aproximam dos 20 anos de Região Administrativa e não foi possível perceber se quer um administrador capaz de condicionar uma qualidade de vida às pessoas da Cidade Estrutural, conforme os Direitos Humanos recomendam através dos artigos constitucionais. O pior nisso tudo é que parece ser uma combinação de todos os poderes, quando se trata de dar uma qualidade de vida e bem estar social às pessoas daquela comunidade. O que dar a entender à comunidade que vive naquelas condições é que eles estão brincando de governar e de administrar.
A cidade nunca muda aparência de feia. São os diversos tipos de
aspectos que a tornam horrível em todos sentidos. Feia na organização
comercial, feia no que diz respeito a higiene ambiental e também em se tratando
da falta de segurança dentro do próprio Setor Santa Luzia.
O desgoverno
dentro da Cidade Estrutural é um dos piores que se possa imaginar no Distrito
Federal, em se tratando da falta de responsabilidade por parte da administração
local.
A Cidade
Estrutural em se tratando de uma Administração local, está claramente
caracterizada como cabide de emprego, por parte dos deputados que indicam tal
administrador ou administradora como gestou ou gestora da mesma.
Nenhum
administrador ou administradora foi capaz de manter a ordem na cidade, em se
tratando de civilizar à comunidade, no sentido de fazê-la digna do
administrador ou administradora que passou por lá na condição de gestor
público. A começar pela própria indicação.
Por que isso? Justamente
porque a grade maioria dos administradores foi policial. Policiais estes, os
quais nunca tiveram se quer o cuidado de eliminar de uma vez por todas com a
criminalidade existente na cidade.
As mesmas
desgraças que aconteciam no governo Cristóvam Buarque até hoje continuam. Com
uma diferença bem grande.
Em mil nove
centos e noventa e cinco, a Estrutural era o quartel general do Cristóvam
Buarque. Somente ele tinha o comando juntamente com sua tropa. Foi justamente com essa tropa, que sitiou toda à cidade enquanto favela. Já que não era de
interesse dele deixar as pessoas naquela localidade, justamente por a mesma ser
onde hoje é a Cidade do Automóvel e acima de tudo uma área muito valorizada.
Ainda em 1995, a
desgraça toma conta da Comunidade Estrutural na condição favela que era na época, Primeiro por ser a bominada por
Cristóvam Buarque e em segundo lugar odiada por todo o Distrito Federal, em razão
da impressa incitar o ódio e à discriminação e todas formas de preconceitos
contra à comunidade. O que dava a entender é que o desejo de todos do Distrito Federal era que ninguém
ficasse ali, justamente por ser uma área muito perto do Plano Piloto e muito
centralizada e também a desculpa da população, que, se aquela favela permanecesse ali, porque certamente seria muito feio para o Distrito Federal deixar aquele manchão humano às barbas do Presidente da República Brasileira.
Se A Cidade
Estrutural existe hoje, não é porque nenhum governo foi bonzinho para com a
mesma e sim pela persistência, insistência e resistência por parte da
comunidade, que não queria sair das suas moradias para dar lugar à elite do
Distrito Federal, já que era o desejo do Cristóvam Buarque enquanto governo da
elite. E foi assim que aconteceu.
Em Março de
1996, Cristóvam Buarque juntamente com sua equipe e seus aliados fizeram a
remoção dos moradores para a parte baixa da Estrutural. Mas com um intimato bem claro por parte dos moradores.
Se tirarem nós daqui e não nos deixarem onde estão prometendo com certeza voltaremos para o mesmo lugar. Já e estamos acostumados com o sofrimento e com as mazelas deste governo que não pensa nos pobres.
Já em 2000 Joaquim Domingos Roriz
assume o GDF e loteia a Cidade do Automóvel, porque era um projeto do Cristóvam
Buarque para a retirada dos oficineiros e donos de lojas de automóveis que
ocupavam à W3 Norte.
Cristóvam só
não concluiu o projeto, porque não ganhou as eleições de 2004, em razão de ter
humilhado muito o Joaquim Domingos Roriz no último debate antes das eleições.
Foram vendidos 901 lotes a
"preço de banana na feira". Os lotes foram vendidos aos proprietários
das lojas e oficinas da Asa Norte em condições mínimas de pagamento. Ou seja
com prestações de 1.000 por mês durante 5 anos. Restando à comunidade da Favela
Estrutural, se conformar com o lote de 96 metros quadrados dentro de um
atoleiro só.
Em vista 1995,
que a Favela Estrutural era comandada pelo carrasco conhecido por Cristóvam
Buarque.
Depois disso, há quase vinte anos
a Cidade Estrutural é comandada por vários tipos de coronéis e comandantes das
polícias do Distrito Federal, além de terem os Deputados, os quais na sua
grande maioria é quem domina a cidade.
Desde quando
se tornou Administração Regional, A Cidade Estrutural é uma verdadeira mina de
votos. Votos, estes, os quais são arrecadados através das mentiras e promessas
falsas em todas as épocas de Eleições.
É assim que as
pessoas tentam sobreviverem a meio a tantas mentiras e promessas enganosas,
enquanto todo e qualquer tipo de miséria assola comunidade da Estrutural e
principalmente ao Setor Santa Luzia, onde grande parte daquele povo vive sob o
domínio da miséria absoluta e as autoridades do poder público veem e o que
fazem além de verem é simplesmente não dar importância alguma ao submundo que
aquelas pessoas sobrevivem.
Não é possível
entender porque as autoridades do poder de todas as esferas não se limitam nas
suas faltas de responsabilidades, em se tratando de cuidar da sociedade, como
de fato deveriam, conforme está expresso na Constituição Brasileira.
Gostaria de
saber das autoridades do Distrito Federal, cadê os direitos constitucionais que
a Constituição lhes garante, enquanto cidadão e cidadãs merecedores desses
direitos que lhes são negados todos os dias?
Onde estão o
Ministério Público e a Defensoria Pública que não fiscalizam as condições sub-humanas
que as pessoas sobrevivem ali há mais de 20 anos.
Será se é para sobreviverem sob o
comando da miséria absoluta, que as pessoas daquela Favela Santa Luzia garantem
o voto de cada eleição que elas garantem o pleito dos parlamentares para
votarem projetos apenas de interesse próprio?
Cadê o dinheiro arrecado através
dos impostos daquela comunidade? Será se o dinheiro dos impostos serve apenas
para pagar os benefícios, prato cheio, vale gás, bolsa família e outros?
Será se esse é o preço que aquela
comunidade vale, para sobreviver o escarro do restante da sociedade e o
esquecimento do poder público?
Onde está a lógica e o
significado de tanto abandono por parte do Estado Brasileiro?
A sociedade quer saber, porque
tanta falta de responsabilidade com os favelados e tanta atenção com a elite do
Distrito Federal.
Isso é nojento. É imoral. Isso é
inconstitucional.