sexta-feira, 13 de setembro de 2013

A INSENSATEZ DO ELEITOR: UM FATOR PRIMORDIAL NA CONTRIBUIÇÃO À CORRUPÇÃO NO BRASIL.


Caro Rodrigo, enquanto povo brasileiro viver aplaudindo aqueles a quem os elegem e depois os chamam de corruptos, infelizmente o que sempre veremos sãos estas atrocidades na política brasileira.
Se cada eleição na política brasileira, as pessoas votassem apenas uma vez e o candidato eleito não presando pelo voto de tal comunidade, automaticamente as pessoas deveriam excluí-lo de uma vez por todas da questão eleitoral.

Em razão do nosso país ser de uma grande maioria de pedintes, infelizmente o que se vê são políticos cada vez mais descarados e de caras lavadas mentido para a sociedade.

É lamentável, que em pleno ano 2013, hera da globalização e tecnologia mundial, ainda existam políticas voltadas para a troca de favores.
A sociedade por sua vez, não entende que ela não tem que trocar o voto dela por benefício algum, já que atais benefícios oferecidos pelos governantes é um direito garantido constitucionalmente falando, independentemente dos impostos que ela paga obrigatoriamente.

Os governantes e políticos só praticam este tipo de atrocidade, em decorrência de saberem o ponto fraco da sociedade como um todo.
Exemplo: Se a sociedade tivesse absoluto conhecimento dos direitos que tem, certamente ela não seria tão frágil, a ponto de se prestar ao papel de pedinte ou mesmo de dependentes de benefícios que os governantes acham estarem prestando um grande favor à mesma. 

Sabendo deste ponto fraco da sociedade, os políticos e governantes fazem uso deste artefato eleitoral, simplesmente para nunca saírem do poder e com esta estratégia sempre manter a sociedade a marrada ao mandato deles, e, quando esse tipo de tática não funciona, eles inovam na questão. Um exemplo claro disto, foi a maneira que o José Sarney teve de se manter no poder, na condição de Senador da República Brasileiro. Sarney sabendo que o campo dele não rendia mais nada nesta questão, ele então achou por bem procurar outro rumo, que não fosse o estado de origem e se candidatou pelo Acre, em Rio Branco e ganhou para Senador e permanece até hoje ocupando o lugar de outras pessoas que deveriam substituí-lo.
A verdade é que enquanto as pessoas não despertarem para uma visão educacional no que diz respeito a uma política séria, a qual não seja com fins interesseiros, jamais nosso país terá uma sociedade preparada para o mundo da política.

Esta questão do Agaciel Maia é apenas um dos maus exemplos da irresponsabilidade do eleitorado brasileiro. Infelizmente esta prática por parte deste eleitorado acontece justamente pela carência de conhecimentos e até mesmo financeiramente falando. Um fenômeno da verdadeira venerabilidade social, a qual faz com que involuntariamente elas ajam desta maneira.
Basta saber, que tanto Agacial, quanto outros corruptos existentes no cenário político, os quais não convêm citar nomes, não deixam nada a desejar, já que a justiça brasileira é uma das maiores contribuintes para esta desgraça na política do país.

A partir do momento que a Justiça Eleitoral, e governamental se voltassem em defesa da sociedade mais desprovida dos direitos políticos, certamente esse tipo de prática não seria rotineira, tipo de fato ocorre toda época de eleição.

Mulher é flagrada tomando banho de sol peladona em parada de ônibus de Brasília



Mulher é flagrada tomando banho de sol peladona em parada de ônibus de Brasília

Cena aconteceu ao lado do posto policial

Veja a galeria completa

Sem o menor pudor, a mulher levantava e abria as pernas Reprodução TV Record

Uma equipe de reportagem da TV Record Brasília flagrou nesta quinta-feira (12) uma mulher completamente nua tomando banho de sol em uma parada de ônibus próximo a Rodoferroviária de Brasília.

Leia mais notícias no R7 DF

Totalmente desinibidos: veja os peladões que já se exibiram em público no DF


Homem é preso pela quinta vez por andar totalmente pelado na rua

Sem se incomodar com a presença de pessoas por perto, ela deitou em um colchão improvisado sem o menor pudor. A poucos metros estava o posto policial, mas nenhum policial foi chamado.

Fonte: R7.


Na Câmara Legislativa Filippelli lidera



  Na Câmara Legislativa dois assuntos tomam conta das conversas de corredores. Um dos temas é o tumultuado processo de cassação de Raad Massouh (PPL). Mais que natural. Mas, o centro de todas as atenções é o iminente rompimento entre o governador Agnelo Queiroz e o vice-governador Tadeu Filippelli.

Na Câmara, Tadeu Filippelli tem muito mais influência que Agnelo. Além ser mais próximo dos distritais. Um dos parlamentares que é bem influente (bota influente nisso) com o vice-governador deixou escapar em voz alta. “A chance de haver um rompimento entre o vice-governador Tadeu Filippelli e o governador Agnelo é de 95%.”

Está dito.

Fonte: Blog do Odir Ribeiro

DESCOSO TOTAL DO DF-TRANS/DF, COM A SOCIEDADE DO DISTRITO FEDERAL.




  Os vídeos que você assistirá são da autoria do Duda de Frente com a com Comunidade, o Repórter da Cidade Estrutural-DF. Neles você verá mais uma mazela em relação ao transporte coletivo do Distrito Federal.
CONFIRA A BAIXO O QUE FALA O TEXTO REFERENTE AOS VÍDEOS!
Como sempre, o descaso dos empresários e por incrível que os quais pareça culminados com o DF-TRASNS/DF, não têm o mínimo de respeito com o usuário do Transporte Coletivo do Distrito Federal.
Ao ver este vídeo você entenderá, que tipo de martírio ou sacrifício o usuário do transporte coletivo do Distrito Federal tem que se submeter para chegar ao trabalho e voltar para casa. Isto se deve ao fato, graças a Deus, pela falta sensibilidade por parte dos órgãos fiscalizadores em defesa da qualidade vida dos usuários do mesmo.



Através deste exemplo, dá muito bem para perceber que tipo de preocupação o DF-TRANS/DF, tem para com o usuário. Uma preocupação que só deixa claro o zelo pelas empresas de ônibus, tipo de fato sempre foi feito.
Na qualidade de usuário do Transporte Coletivo do Distrito Federal, há mais de 30 anos, só tenho percebido por parte deste departamento, fiscalização contra ás pessoas que fazem o chamado Transporte Pirata, o qual é intitulado pelo próprio DF-TRANS/DF. Por outro lado, o DF-TRANS/DF, não tem o mínimo de respeito com o usuário deste transporte. Usuário este, que não tem alternativa, sem que não seja se torturar e se massacrar, para chegar ao trabalho e voltar para casa, com a superlotação, inclusive com estes tais de micro-ônibus.


A falta de informações por parte dos despachantes das empresas de ônibus é uma das mais sarcásticas.
Veja que o vídeo mostra um ônibus com itinerário para o Setor “O”! Um bairro da Ceilândia Norte do Distrito Federal, o qual indica apenas o nº da linha, ao mesmo tempo não especifica que o ônibus não para/durante o percurso Rodoviária Plano Piloto/Setor “O”.
Ao embarcar perguntei ao motorista se o mesmo passaria na EPTG, ou seja, na Estrada Parque de Taguatinga. Ao mesmo tempo lembrei que já havia pego um ônibus horroroso daqueles, o qual muito barulhento e super lento, quase parando de tão velho.

Conclusão da história: Aquilo que os empresários insistem em chamar de ônibus, não parava na EPTG e só descobri que esta merda era Linha Expressa, apenas no Guará I-DF, depois que puxei a corda avisando da parada onde desceria. Daí tive que descer só no centro de Taguatinga-DF.
Graças a Deus que eu tinha dinheiro para Voltar para onde tinha que descer, para resolver o meu problema.

Para finalizar a história, não resolvi meu problema, perdi o meu tempo, gastei uma passagem a mais e ainda gastei bastante energia psicológica e física, indignado com a falta de respeito tanto dos empresários, quanto dos órgãos responsáveis pela defesa do usuário deste maldito tormento, o qual além de péssimo em qualidade é um dos mais caros na federação brasileira, o qual os empresário insistem com a ideia que o Distrito Federal tem transporte coletivo.

Para quem não entende o que é coletivo, realmente é um bom prato para quem gosta de merda.
dureporter@gmail.com

domingo, 8 de setembro de 2013

Protestos Um campo de batalha



As cenas mais pareciam de um campo de batalha. Entre aqueles que estavam ali para simplesmente protestar – com exceção dos protagonistas de atos de vandalismo –, eram feitos pedidos por melhorias nos serviços públicos, pelo fim da corrupção e por segurança.

Depois dos episódios de vandalismo na Asa Norte, a reportagem não presenciou outro tipo de dano ao patrimônio público ou privado. No entanto, mesmo nos momentos mais pacíficos, em que inclusive havia acordo com o comando que acompanhava as manifestações, policiais dos grupamentos do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Patamo decidiram atacar. ...

O Eixo Monumental, então, se tornava um campo de guerra, onde, muitas vezes, apenas uma força atacava. A justificativa do comandante-geral da PM, Jooziel de Melo Freire, era o uso progressivo da força. Para tanto, estavam à disposição carros blindados, jatos de água e um grande número de PMs armados com bombas e armas de fogo. A ordem era não deixar ninguém avançar até o Congresso.


Questionado sobre o motivo do ataque, iniciado dezena de metros de distância entre a barreira e os manifestantes, o major Hércules, da PM, respondeu: “São determinações superiores. Eu não tenho que questionar”.

Liberdade

A advogada Camila Calegário, 25 anos, protestou: “Queremos manifestar e somos tratados como bandidos. Parece uma ditadura. Cadê o direito de livre manifestação?”. Manifestantes que estavam próximos ao bloqueio policial foram afastados com jatos de água.

Mesmo com a situação já controlada, policiais a distância continuavam a disparar contra as pessoas que estavam isoladas em frente ao Museu Nacional. Em um dos momentos mais críticos, o helicóptero da PM fez um rasante, que causou um novo corre-corre.

Correria na Rodoviária do Plano


Os manifestantes também se aglomeraram na Rodoviária do Plano Piloto, onde a correria foi constante. Pessoas que não estavam com o grupo se revoltaram com a força usada por policiais contra as pessoas que pediam por melhorias nos serviços e política.

O momento mais tenso foi quando o grupo que protestava ocupou a plataforma superior da Rodoviária. De lá, após um acordo coletivo, eles decidiram que iriam em direção ao shopping Conjunto Nacional. O grupamento de choque cercou a passagem e avançou contra as pessoas, disparando bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.

A confusão durou até os manifestantes voltarem para a plataforma inferior e começarem a avançar até o Eixo Monumental.

Aos repórteres, o comandante da Polícia Militar, Jooziel Melo, afirmou que a operação foi um sucesso. “Todos puderam ir aos eventos programados. É uma pena que a imprensa só dará destaque aos ocorridos que consideram negativos”, concluiu.

Abordagem


Em uma de tantas abordagens a manifestantes presenciadas pela reportagem, policiais pediram para que um jovem, que estava ao telefone, voltasse ao isolamento. Ele foi parado por um sargento que o revistou e abriu sua mochila.

Dentro da bolsa, o sargento encontrou um frasco com vinagre. Ele derramou parte dentro da mochila, e o que restou no chão.

Também pegou camisetas do rapaz e as jogou em cima do líquido. Além de quebrar uma máscara do rapaz.

Questionado, o comandante da PM Jooziel disse: “Vocês sabem que esse não é o padrão da PM”.

Para secretário, não houve excessos


As manifestações na capital resultaram em 50 pessoas detidas – 35 adultos e 12 adolescentes. Dos maiores, cinco foram autuados por desacato, resistência e dano ao patrimônio público. Apenas dois dos menores foram autuados por ato análogo ao crime de tentativa de lesão corporal a policial e militar e dano ao patrimônio público.

Familiares que chegavam ao Departamento de Polícia Especializada (DPE), em busca de informações, tiveram de esperar por mais de três horas do lado de fora do complexo.

Entre os objetos apreendidos durante a operação de revista dos manifestantes estavam alicates, facas e canivetes. No entanto, dois dias antes do feriado, a PM encontrou com manifestantes na Esplanada 300 bolas de gude com estilingues, classificados como arma letal, além de 500 pneus e pedras.

Apesar dos flagrantes do uso de violência, para a Secretaria de Segurança, o balanço foi positivo. O chefe da pasta, Sandro Avelar, esclarece que as manifestações no DF prometiam ser mais intensas por conta da possível chegada de pessoas de outras cidades. “Foi um dia tranquilo e de paz, apesar dos manifestantes mais exaltados. Tudo foi possível graças ao equilíbrio que a Polícia Militar demonstrou mais uma vez”, avaliou.

Arquibancadas vazias

Dentro da estrutura montada para o desfile de 7 de Setembro, não houve tensão, diferentemente do que se viu do lado de fora do grande isolamento para o evento. Autoridades e cidadãos assistiram às apresentações das 20 entidades militares sem qualquer tumulto. Em vez das 30 mil pessoas esperadas, compareceram dez mil.

Foi preparada uma estrutura de muita segurança na Esplanada dos Ministérios. Além do isolamento com grades e placas de metal, quatro mil policiais militares patrulharam a área. O Batalhão da Guarda Presidencial cercou a área onde ficou a presidente Dilma Rousseff e o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa.

As festividades começaram antes das 9h, com a pirâmide humana da PM, formada por 30 homens. Depois disso, a presidente chegou à tribuna a bordo do Rolls-Royce presidencial e recebeu aplausos discretos do público. Foram executados os hinos Nacional e da Independência pela Fanfarra do 1º Regimento da Cavalaria de Guardas dos Dragões da Independência e pelo coral do Colégio Militar.

Militares


Para iniciar oficialmente o desfile, o comandante militar do Planalto pediu autorização à chefe de Estado. A partir daí, passaram os veículos leves do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Em seguida, desfilaram representantes das Forças Armadas e também da PM e Bombeiros, representando diferentes grupamentos. Depois foi a vez dos tanques de guerra e veículos pesados do Exército e a cavalaria.

Quatro caças da Força Aérea fizeram um grande barulho e provocaram aplausos nas arquibancadas. Neste ano, a Esquadrilha da Fumaça não se apresentou no desfile, por conta da substituição dos aviões T 27 Tucano pelo A 29 Super Tucano. Os pilotos ainda estão em treinamento com as novas aeronaves. Alunos de nove escolas da rede pública se apresentaram.

O único representante do Governo Federal que falou à imprensa foi o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Ele esclareceu a duração reduzida do desfile em 15 minutos e comentou sobre a quantidade de público.

“Pode ter havido um excesso de receio, se falou muito dos riscos das manifestações. Isso pode ter afastado a população”, disse. “O importante, da nossa parte, é que o desfile cumpriu exatamente aquilo que nós tínhamos desenhado. Um pouco mais curto em função de a presidente ter chegado de uma longa viagem da Rússia”, completou.

Medo de tumulto nos protestos


Ao que tudo indica, o medo dos atos de violência fez com que a estimativa inicial de público do desfile não fosse alcançada. O casal Alessandra Araújo e Cléber Willians queria ter levado a família toda, mas eles ficaram com medo do tumulto. “Achamos mais seguro não trazer as crianças. Eram prometidos muitos protestos, e como muitos resultam em violência, optamos por vir só nós dois”, explica Cléber. Contudo, ele frisa que é a favor das manifestações pacíficas. “Apoio os protestos sem vandalismo”, conclui.

Para Alessandra, o amor ao Brasil falou mais alto no momento de decidir entre ir ao evento ou não. “Vou admitir que fiquei com medo, mas sou muito patriota. Amo o nosso país e estou muito feliz por estar aqui”, conta.

O meteorologista Kleber Ataíde, 34 anos, diz que a maioria de seus amigos deixou de ir ao evento por medo de possíveis atos de vandalismo. “Eu trouxe meu filho de dois anos, mas pensei muito antes de vir”, justifica.

Segurança


Além dos quatro mil policiais militares, estiveram de plantão 320 bombeiros, 150 policiais civis e 110 agentes do Detran-DF.

Pessoas com mochilas e bolsas foram revistadas. O processo de revista transcorreu sem grandes problemas. Apenas dois estudantes, Sérgio Alencar e Rodrigo Henrique, que estavam vestidos de preto e com máscaras, tiveram dificuldades para passar pela barreira. Para entrar, eles foram obrigados a retirar as máscaras, e concordaram em abandonar o mastro de uma bandeira que carregavam.

Para Sérgio Alencar, a atitude dos policiais foi arbitrária. “Eu acho que é totalmente fora dos padrões. Eu pretendia não tirar o mastro e dar um jeito de entrar. Não vim assistir ao desfile, meu único objetivo é protestar”, declarou.

Números

829 mil reais foi o custo do desfile ao Governo Federal, R$ 29 mil a mais do que no ano passado

1h20 foi a duração das apresentações, mais curtas neste ano

Saiba mais

O desfile percorreu a distância de dois quilômetros, do Ministério da Justiça até o estacionamento do Teatro Nacional, mesmo trajeto desde 2003.

Pelo menos 22 ministros participaram. Não havia representantes do Congresso.

Por Suzano Almeira, Isa Stacciarini, Daniel Cardozo e Patrícia Fernandes


Fonte: Clica Brasília - 08/09/2013

Entrevista Antonio Fagundes


"Temos censura que não tivemos nem na ditadura"
ELEIÇÕES 
“Eu esperava que o PT fosse um partido íntegro e não que abrisse outros caminhos de roubo”
Na portaria do Projac, estúdios de gravação da Rede Globo, no Rio de Janeiro, o funcionário alerta: “Antonio Fagundes? Olha, ele é muito pontual.” Nos bastidores, a fama do ator é outra, talvez porque cumprir horários seja algo pouco comum no País. Fagundes, porém, começou a entrevista na hora marcada e, simpático, discorreu sobre vários assuntos, como eleições, política cultural e preconceito. Aos 64 anos, esse carioca que se mudou para São Paulo aos 8 anos até hoje se divide entre as duas cidades. No Rio, encarna o médico machista César Khoury, da novela “Amor à Vida”. Fagundes deu uma virada na trama e seu personagem, que deveria morrer no meio, será mantido até o capítulo final. Em São Paulo, dedica-se ao teatro nos fins de semana.

ISTOÉ - O sr. sempre defendeu a necessidade de as pessoas terem participação política. Já tem candidato para 2014?
ANTONIO FAGUNDES - 
Sempre dei meu apoio para a turma do PT. Enquanto estava no Legislativo, tudo bem. Quando botaram a mão na grana, começou a acontecer, infelizmente, o que acontece com todos os outros partidos. É uma pena que o PT tenha entrado nisso, era realmente uma possibilidade de mudar a cara do País. Eu esperava um partido íntegro, que tivesse um sentido de ética muito forte e que impedisse as pessoas de roubar, e não que abrisse outros caminhos de roubo. Então agora vou ter que rever. A perspectiva não é muito boa, mas sei que democracia é entre os males o menor. Vamos ver quem é que pode fazer menos mal ao País. ...

"Política no Brasil é uma zona. O Serra está querendo ir para
outro partido; é um absurdo. Ele mudou de ideologia?”
ISTOÉ - Aposta em novos partidos?
ANTONIO FAGUNDES -
 Você tem 30 e tantos partidos e não sabe o que eles pensam, de onde vieram. Sabe que são sustentados pela venda de votos e do espaço a que têm direito na televisão. O (José) Serra (PSDB) já está querendo ir para outro partido; é um absurdo. Se o cara está saindo de um partido e indo para outro, ele mudou de ideologia? Porque o certo é cada partido ter sua ideologia, uma forma de resolver os problemas que a sociedade apresenta. Mas política no Brasil é uma zona, tem alguns partidos e alguns políticos que, pelo menos, deveriam ter vergonha na cara. Serra, me desculpe, mas fique quietinho no seu partido...

ISTOÉ - As recentes manifestações populares podem mudar nossos políticos?
ANTONIO FAGUNDES - 
Os governantes fizeram uma coisinha aqui, outra ali, voltaram atrás em uma leizinha e acabou? Não, não. O imposto eu pago e tem um cidadão lá no Congresso que deve cuidar das coisas em meu nome. Isso é representatividade. Se por acaso esse cidadão vai lá e rouba o meu dinheiro, tenho que tirar esse cara de lá e botar outro. Não sou obrigado a aceitar o (deputado federal Paulo) Maluf, por exemplo, como meu representante.

ISTOÉ - Mas eles foram eleitos direta e democraticamente.
ANTONIO FAGUNDES -
 Não sei se nós votamos mal ou se o sistema eleitoral é muito malfeito e nos encaminha para isso. Ver o (senador José) Sarney no poder há tantos anos é um contrassenso. Ele mudou o título para o Amapá para se eleger. É uma vergonha ele ser eleito pelo Amapá.
“Na era da comunicação, estamos vivendo num mundo surdo. Nem voz se ouve. Não tenho computador. Sou um analfabyte. E isso é uma opção ideológica".


ISTOÉ - A peça que o sr. vai estrear fala de uma família disfuncional. Que paralelos vê com o mundo de hoje?
ANTONIO FAGUNDES -
 A peça se chama “Tribos” e fala um pouco sobre preconceito, de como o mundo está surdo. Essa peça é de uma família disfuncional, meio louca, de pais intelectuais que têm um filho surdo, mas decide que ele não deve ser considerado surdo. Até que ele conhece uma menina que sabe a língua dos sinais e começam a aparecer os preconceitos. É muito interessante porque estamos vivendo num mundo surdo mesmo.

ISTOÉ - Mas essa não é a era da comunicação?
ANTONIO FAGUNDES -
 É. Mas na era da comunicação as pessoas estão se excluindo porque elas estão em tribos, separadas e surdas. Porque nem a voz mais você ouve. Eu não tenho computador. Eu sou um analfabyte. E isso é uma opção ideológica. Lembro sempre dos criadores de cavalo quando o automóvel foi inventado. Para eles foi o fim do mundo, mas era o futuro. O cavalo que se dane. Então, é inevitável que daqui a alguns anos não tenha mais livro físico. Mas espero que demore muito porque eu gosto do livro de papel.

ISTOÉ - Tem página no Facebook?
ANTONIO FAGUNDES - 
Não. As pessoas falam: “Como é que você consegue?” A internet é o maior exemplo de exibicionismo da humanidade. Só que vai chegar uma hora em que as pessoas vão se sentir angustiadas, porque precisam da privacidade. A gente jogou a privacidade no lixo. Em troca do quê?

ISTOÉ - O que acha das leis de incentivo à cultura, como a Lei Rouanet?
ANTONIO FAGUNDES -
 Estamos vivendo um momento delicado com a Lei Rouanet. Muita gente vai cair em cima de mim por causa disso, mas essas leis de incentivo são improdutivas. Uma lei cultural deve financiar o estímulo à cultura, o aumento de pessoas com acesso a isso. E não é o que está acontecendo, porque o governo deixou de decidir quem merece ou quem não merece, quem estimula e quem não estimula. Agora, são os gerentes de marketing que determinam a política cultural do País, mesmo sem entender nada de teatro. Quando o governo passou isso para as mãos de gerentes de marketing, tirou o seu da reta. E nesse processo temos duas censuras, que não tivemos nem na época da ditadura

ISTOÉ - Que censuras?
ANTONIO FAGUNDES - 
Censuras econômicas: uma delas é do governo dizendo se você pode ou não captar, porque eles recebem 20 mil projetos por ano e aprovam dois mil. Mas não sabemos o critério de aprovação. A outra censura é a do gerente de marketing, porque se ele disser que não, você não monta seu espetáculo. Então você vê espetáculos que seriam importantes de serem montados, mas não são, e espetáculos que não têm tanto valor sendo montados.

ISTOÉ - Não se consegue montar espetáculo sem patrocínio?
ANTONIO FAGUNDES -
 Atualmente, somente com patrocínio. Ninguém mais consegue se manter apenas com a bilheteria. Os custos subiram tanto que você pode cobrar o ingresso que quiser que não se mantém. Tanto que os espetáculos não ficam mais de dois meses em cartaz, a não ser aqueles que têm um aporte contínuo de patrocínio. Nos meus 47 anos de profissão, tive três patrocínios. Sempre acreditei que enquanto tivesse público continuaria em cartaz. Hoje em dia não interessa mais isso, você pode lotar que vai ter de sair dois meses depois. E, nesse círculo perverso, os teatros não alugam o espaço mais do que dois meses. Eu diria que, assim como o livro, o teatro está acabando.

ISTOÉ - O cinema está na mesma situação?
ANTONIO FAGUNDES -
 Hoje em dia, nenhum filme brasileiro se paga, nem o que teve dez milhões de espectadores. E 90% dos filmes brasileiros têm menos de 20 mil espectadores. E menos de 20 mil não são 19 mil, são 500, 600, 1,2 mil pessoas. A gente ouve falar que determinado filme teve mais de um milhão de espectadores. Mas são apenas uns quatro que conseguem e nós fazemos 100 longas por ano. Na última pesquisa que vi, tinha uma fila de 200 filmes na prateleira porque não conseguiam sala para exibição, embora o Brasil tenha 2,5 mil salas. Competimos com cinema americano, francês, alemão, etc.

ISTOÉ - Para muitos, César, seu personagem em “Amor à Vida” (César Khoury), é um vilão. Para outros, ele é um típico cidadão brasileiro. O que o sr. acha?
ANTONIO FAGUNDES - 
O César é um cara eticamente inabalável, tem as convicções dele no hospital, e é íntegro. Mas tem amante, é homofóbico convicto e já fez umas cagadas no passado. Isso faz você pensar na complexidade do ser humano. O Walcyr (Carrasco, autor da novela) tem essa característica que acho ótima: foge do maniqueísmo, da caricatura do bom e do mau. Isso dá profundidade, humanidade para os personagens e confunde o público, de certa forma. Mas ter uma surpresinha é sempre bom.

ISTOÉ - Muita gente se identifica com o César?
ANTONIO FAGUNDES - 
Isso é surpreendente. Uma pesquisa mostrou que 50% das pessoas se identificam com ele. Deve ter homossexual homofóbico também, o que aparentemente pode ser um contrassenso, mas não é. Tem pessoas que são preconceituosas com a própria classe, a própria tribo. Mas essa reação do público mostra que o tema merece discussão mesmo. A gente sempre ouve falar de homofobia e imagina aquelas cenas horríveis, dos caras batendo em homossexual. Mas a homofobia pode ser mais violenta ainda sem levantar a mão. Acho que o Walcyr foi muito feliz e muito corajoso nessa abordagem.
 
ISTOÉ - Qual é a sua opinião sobre homossexualidade?
ANTONIO FAGUNDES - 
Acho que a opção sexual é como ser vegetariano. Foro íntimo. Esse negócio de mandar as pessoas saírem do armário é questionável. Por que a pessoa tem que sair do armário? Não precisa! Ela faz o que quiser na vida íntima, não é obrigada a abrir sua intimidade. A cobrança acaba sendo outro tipo de preconceito. Agora, aqueles que saíram têm que ser respeitados. A verdadeira ausência de preconceito é respeitar tudo.
Fonte: Revista ISTOÉ - N° Edição: 2286 - 08/09/2013

Investigação Fundação BB dá R$ 36 milhões a ONGs ligadas ao PT


A lista de organizações não governamentais, associações e prefeituras beneficiadas está sob investigação da Polícia Civil do Distrito Federal


Sede do Banco do Brasil em Brasília: o banco faz auditoria nos contratos e parcerias

Controlada pelo PT, a Fundação Banco do Brasil firmou convênios de R$ 36 milhões com entidades ligadas ao partido e familiares de seus dirigentes. A lista de organizações não governamentais, associações e prefeituras beneficiadas está sob investigação da Polícia Civil do Distrito Federal. O banco faz auditoria nos contratos e parcerias.

A posse na fundação, em junho de 2010, foi prestigiada por quadros importantes da sigla, entre eles cinco parlamentares e o então ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci.

Streit sucedeu a Jacques Pena, filiado ao PT do DF, cuja administração foi marcada por repasses a entidades ligadas aos seus parentes, agora sob investigação. Com sede numa sala sem placa de identificação em Brasília, que fica trancada em horário comercial, só a Associação de Desenvolvimento Sustentável do Brasil (Adesbra) firmou parcerias de R$ 5,2 milhões desde 2003. O diretor executivo da entidade, Joy de Oliveira Penna, é irmão de Jacques e tem ligações com outras entidades contempladas com recursos. ...

Os irmãos Pena são conhecidos por levar para a fundação a República de Caratinga, sua cidade de origem. Com a Associação dos Produtores Rurais e Agricultores Familiares de Santo Antônio do Manhuaçu, sediada no município, a fundação firmou convênio de R$ 1,05 milhão. A associação é comandada por dois primos de Jacques e Joy. "Tem razão de estar desconfiando, porque é parente, né?", admite o ex-presidente, atual tesoureiro da associação e primo da dupla, Sérgio Pena de Faria.

Segundo ele, o projeto desenvolvido na cidade, para aperfeiçoar técnicas de produção agrícola, foi apresentado por outra entidade, mas a fundação não a aceitou, pois a proponente tinha só dois anos de existência. Os dirigentes, então, pediram que a associação a substituísse.

"Cedi os documentos, mandaram para lá, onde que foi aprovado", conta Pena, negando favorecimento. "Essa associação não é igual a gente ouve falar aí que é só para desviar dinheiro. Pode dormir 'sono solto' que os documentos estão direitinho. Esse projeto foi o mais vigiado do Brasil", assegura, acrescentando que os fiscais da fundação fiscalizaram a execução e que houve prestação de contas.

Para Caratinga, a fundação mandou mais R$ 1,3 milhão para construir o Centro de Excelência do Café na gestão do ex-prefeito João Bosco Pessine (PT). A atual administração, do PTB, diz que teve de fazer obras adicionais para completar o projeto. Pessine não foi localizado.

A investigação da Polícia Civil começou a partir de denúncia de uma servidora da fundação, que está sob proteção policial e da área de segurança do Banco do Brasil. O órgão explica que as apurações são da sua alçada, e não da Polícia Federal, pois a fundação recebe recursos do banco, uma empresa de economia mista.

Denúncia

A funcionária teria recebido ameaças após delatar suposto esquema de desvio de recursos. Ela contou à polícia que a prestação de contas de algumas entidades não era analisada adequadamente. Não está descartado o afastamento do atual presidente da fundação, Jorge Alfredo Streit. A expectativa no Banco do Brasil é de que as primeiras conclusões da auditoria saiam neste fim de semana.

As denúncias sob investigação integram processo sob sigilo que tramita no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. A fundação explica que não teve acesso aos autos. Recentemente, atendendo à solicitação, enviou informações ao Ministério Público do DF. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

Fonte: EXAME.com / Jornal Estado de São Paulo - 08/09/2013