segunda-feira, 17 de março de 2014

A MORENA DO ÔNIBUS



Morena, teu olhar me surpreendeu;
E me deixastes alucinado. 
Custei demais de acreditar que era eu;
Que estava ao teu lado.

Pelo vidro do ônibus percebi, 
Que era lindo teu sorriso,
Cheguei a ficar zonzo quando ouvi;
Teu sussurro em meu ouvido.

Me desmanchei de alegria, 
E comecei a gargalhar, 
Ao ver tua alegria,
Sem pode me aguentar.

Foi pra mim um grande momento;
Em poder estar contigo,
Foi também um sofrimento,
O qual pra mim se tornou castigo.

O meu tormento aumentou mais;
Quando tu dissestes tchal,
Fiquei olhando para trás,
Mas entendi que era normal

Fiquei chorando sem te ver;
Sem poder me conformar,
Também fiquei contente em saber,
Que estava a te amar.

Esta poesia é da autoria do Adoaldo Dias Alencar
Em: 28 de Julho de 1999.
É também fruto do sofrimento do usuário do transporte coletivo do Distrito Federal, na ida para o trabalho e volta para casa.
Coisa rotineira para 800 mil usuário, os quais se amontoam nos ônibus velho e sucateados, como se fossem bois quando vão para o matadouro; uma que a passagem é + cara do Brasil. Um transporte sustentado através da propinas, para circular apenas com a autorização do GDF. Ou seja, sem licitação.

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