Oferecer o melhor para os filhos custa caro matéria da Estrutural
Por: Patrícia Fernandes
A decisão de ter um filho exige disponibilidade para reaprender a viver. Além de todas as transformações que a chegada do rebento traz, criá-lo custa caro. Segundo o Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing (Invent), a educação é o item que mais pesa para a família. Para garantir uma boa formação acadêmica, muitos pais sacrificam o orçamento e se esforçam para manter os herdeiros em escolas conceituadas. Outros, no entanto, lamentam a falta de condições financeiras para isso.
No DF, os pais da classe A desembolsam o equivalente a R$ 703,6 mil com a educação dos filhos em 23 anos. Nesse mesmo período, famílias de classe B gastam em torno de R$ 365,9 mil. O valor cai para R$ 185,1 mil na classe C e a zero real na classe D.
A reportagem do Jornal de Brasíliamergulhou no universo de três famílias de classes diferentes e se deparou com uma diferença exorbitante: a família da classe A gasta, mensalmente, 25 vezes mais do que a da classe C. Todas, porém, têm em comum a consciência de que a educação é o maior legado que um pai pode deixar aos filhos.
Diferenças
A psicóloga Laíse Vinhal, 50 anos, (foto ao lado) estima um gasto de aproximadamente R$ 2,5 mil mensais com o filho João Vitor, 13 anos. Ela sabe que é caro, mas acredita que é um investimento para que ele tenha chances de vencer no mercado de trabalho. Apenas com a mensalidade do colégio particular ela desembolsa R$ 1.243. O valor é somado ao gasto com transporte, livros, alimentação na escola e atividades extracurriculares, como o curso de inglês. “A educação é a maior herança que podemos deixar para os nossos filhos. A gente vai se readaptando. Não meço esforços, pois, ao contrário da minha época, vejo que hoje meus filhos fazem o que têm vocação e o que querem”, assegura a mãe. Para garantir uma formação escolar de alto nível para o filho, afirma a mãe, alguns sacrifícios são necessários. “A cada ano vamos tirando do lazer. Vamos reduzindo as nossas atividades e tentando manter a dele”, observa.
O agente de saúde Francisco França, 36 anos, (foto abaixo) pai de três filhos adolescentes diz que precisa de habilidade para fazer com que o orçamento mensal de R$ 2 mil seja suficiente para suprir todas as necessidades. “Os meus filhos estudam em escola pública porque não tenho condições de pagar uma particular. Gostaria de ter a oportunidade de investir mais na educação deles, mas com o que ganho não é possível”, lamenta o pai.
Francisco sonha em uma vida melhor para os filhos
Ponto de vista
Para o mestre em Economia e especialista em gestão financeira Pedro Maia Mendes, é importante que os pais ofereçam aos filhos as melhores condições de educação dentro das possibilidades financeiras existentes. “É importante destacar que os gastos não se restringem ao pagamento de mensalidades. Existem outras despesas que pesam ainda mais no orçamento das famílias", pontua.
Gastos seguem a realidade de cada família
Bem diferente da realidade de outras famílias, que contam com melhores condições financeiras, o agente de saúde Francisco França revela que gasta somente R$ 100 com a educação do filho mais novo, Thallysson, 10 anos. “Eu queria que ele fizesse alguma atividade física, um curso de inglês, mas acaba sobrando dinheiro apenas para o lanche e alguns materiais que ele venha a precisar”, diz.
Preocupado com o futuro das duas filhas mais velhas, Thaynara e Thays, Francisco apertou o já reduzido orçamento para pagar um curso extracurricular para elas. “Eu sonho que elas tenham uma vida diferente da minha. Elas estão fazendo o preparatório para o Colégio Militar. Se conseguirem entrar, tenho certeza que terão um futuro promissor”, almeja o pai.
Meio Termo
Garantir o melhor nível de educação possível para a filha sempre foi uma prioridade para a secretária Rafaela Noronha Alves, (foto ao lado) mãe de Isabela, 8 anos. Ela diz que gasta quase R$ 1 mil, somando a mensalidade de uma escola particular em Taguatinga, curso de inglês e o transporte. “Nós, que não nascemos ricos, só podemos deixar para os nossos filhos educação. Por isso, me desdobro para pagar a mensalidade da escola”, conta.
Leia a reportagem completa na edição deste domingo do Jornal de Brasília.
A edição digital está disponível em www.jornaldebrasilia.com.br/edicaodigital .
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br
No DF, os pais da classe A desembolsam o equivalente a R$ 703,6 mil com a educação dos filhos em 23 anos. Nesse mesmo período, famílias de classe B gastam em torno de R$ 365,9 mil. O valor cai para R$ 185,1 mil na classe C e a zero real na classe D.
A reportagem do Jornal de Brasíliamergulhou no universo de três famílias de classes diferentes e se deparou com uma diferença exorbitante: a família da classe A gasta, mensalmente, 25 vezes mais do que a da classe C. Todas, porém, têm em comum a consciência de que a educação é o maior legado que um pai pode deixar aos filhos.
Diferenças
A psicóloga Laíse Vinhal, 50 anos, (foto ao lado) estima um gasto de aproximadamente R$ 2,5 mil mensais com o filho João Vitor, 13 anos. Ela sabe que é caro, mas acredita que é um investimento para que ele tenha chances de vencer no mercado de trabalho. Apenas com a mensalidade do colégio particular ela desembolsa R$ 1.243. O valor é somado ao gasto com transporte, livros, alimentação na escola e atividades extracurriculares, como o curso de inglês. “A educação é a maior herança que podemos deixar para os nossos filhos. A gente vai se readaptando. Não meço esforços, pois, ao contrário da minha época, vejo que hoje meus filhos fazem o que têm vocação e o que querem”, assegura a mãe. Para garantir uma formação escolar de alto nível para o filho, afirma a mãe, alguns sacrifícios são necessários. “A cada ano vamos tirando do lazer. Vamos reduzindo as nossas atividades e tentando manter a dele”, observa.
O agente de saúde Francisco França, 36 anos, (foto abaixo) pai de três filhos adolescentes diz que precisa de habilidade para fazer com que o orçamento mensal de R$ 2 mil seja suficiente para suprir todas as necessidades. “Os meus filhos estudam em escola pública porque não tenho condições de pagar uma particular. Gostaria de ter a oportunidade de investir mais na educação deles, mas com o que ganho não é possível”, lamenta o pai.
Ponto de vista
Para o mestre em Economia e especialista em gestão financeira Pedro Maia Mendes, é importante que os pais ofereçam aos filhos as melhores condições de educação dentro das possibilidades financeiras existentes. “É importante destacar que os gastos não se restringem ao pagamento de mensalidades. Existem outras despesas que pesam ainda mais no orçamento das famílias", pontua.
Gastos seguem a realidade de cada família
Bem diferente da realidade de outras famílias, que contam com melhores condições financeiras, o agente de saúde Francisco França revela que gasta somente R$ 100 com a educação do filho mais novo, Thallysson, 10 anos. “Eu queria que ele fizesse alguma atividade física, um curso de inglês, mas acaba sobrando dinheiro apenas para o lanche e alguns materiais que ele venha a precisar”, diz.
Preocupado com o futuro das duas filhas mais velhas, Thaynara e Thays, Francisco apertou o já reduzido orçamento para pagar um curso extracurricular para elas. “Eu sonho que elas tenham uma vida diferente da minha. Elas estão fazendo o preparatório para o Colégio Militar. Se conseguirem entrar, tenho certeza que terão um futuro promissor”, almeja o pai.
Meio Termo
Garantir o melhor nível de educação possível para a filha sempre foi uma prioridade para a secretária Rafaela Noronha Alves, (foto ao lado) mãe de Isabela, 8 anos. Ela diz que gasta quase R$ 1 mil, somando a mensalidade de uma escola particular em Taguatinga, curso de inglês e o transporte. “Nós, que não nascemos ricos, só podemos deixar para os nossos filhos educação. Por isso, me desdobro para pagar a mensalidade da escola”, conta.
A edição digital está disponível em www.jornaldebrasilia.com.br/edicaodigital .
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br
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